S.O.S. XAVANTE
RECOMPENSA PARA ESSA DOAÇÃO;
Gratidão! Nossa prestação de contas começa por agradecer a cada A´uwe Tsiri que, com seu coração Xavante, contribuiu, de todas as formas, para salvar vidas Xavante. Em 24 de junho, iniciamos nossa cruzada emergencial em busca dos recursos necessários para levar condições mínimas de saúde e segurança alimentar às aldeias Xavante.
Nosso objetivo era conseguir um mínimo de R$ 250 mil, em recursos financeiros ou produtos. Felizmente, com ajuda de muita gente, superamos de longe esta meta. O uso dos recursos financeiros recebidos encontra-se discriminado abaixo, neste documento, sob o título desembolsos. Os valores das doações em bens, produtos e serviços foram estimados conforme declaração do/a doador/a ou, notas fiscais, quando apresentadas, ou estimativas conforme os valores vigentes no mercado.
No total, arrecadamos R$ 372.630,00 em recursos financeiros, depositados diretamente na conta desta Vaquinha; R$ 539.283,58 em bens produtos, via Campanha; R$ 54.500,00 em serviços, via Campanha; e, em doações diretas do Instituto Albert Einstein para os Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs) Xavante, Karajá, Kayapó e Xingu, o valor estimado de R$ 3.271.097,47, perfazendo um total geral de R$ 4.178.225,45.
I. DOAÇÕES FINACEIRAS RECEBIDAS VIA VAQUINHA – RECEITAS: R$ 372.630,00. DOAÇÕES INDIVIDUAIS CONFORME LISTA REGISTRADA NA VAQUINHA: R$ 83.630,00. DOAÇÕES DE INSTITUIÇÕES E ENTIDADES PARCEIRAS: R$ 289.000,00. TOTAL DAS DOAÇÕES EM RECURSOS FINANCEIROS (A+B): R$ 372.630,00.
Entre o período de 24 de junho e 23 de setembro de 2020, nossa Campanha arrecadou R$ 372.630,00, dos quais R$ 289.000,00 em doações de instituições e entidades parceiras, conforme discriminado acima, e R$ 83.630,000 em contribuições individuais, conforme relação discriminada na própria Vaquinha. As informações específicas dos valores recebidos encontram-se descritos na tabela abaixo.
II. DESEMBOLSOS COM RECURSOS DA VAQUINHA: R$ 322.570,56
Do valor total de R$ de R$ 372.630,00 arrecadados pela Campanha via Vaquinha, foram efetuados ou há previsão de desembolsos nos seguintes valores: a) Saúde – R$ 102.000,00; b) Segurança Alimentar – R$ 131.997,50; c) Comunicação – R$ 30.630,00; d) Fretes, Correios e Diárias – R$ 30.256,50; e) Recompensas – R$ 15.196,00; f) Taxas e encargos – R$ 12.490,56. A tabela abaixo discrimina e especifica os desembolsos realizados.
III. BENS E PRODUTOS RECEBIDOS EM DOAÇÃO VIA CAMPANHA
A Campanha SOS Xavante recebeu um valor estimado de R$ 539.283,58 em bens e produtos, de acordo comas as notas fiscais recebidas, declarações de doadores ou estimativas com base nos valores de mercado, conforme relacionado na tabela abaixo.
IV. DOAÇÕES EM BENS E PRODUTOS ENTREGUES DIRETAMENTE NOS DISTRITOS SANITÁRIOS INDÍGENAS XAVANTE, KARAJÁ, KAYAPÓ E XINGU
Por intermédio da atriz Lucélia Santos, membro da coordenação da Campanha SOS Xavante, foi solicitada uma doação ao Instituto Albert Einstein, que resultou em doação no valor estimado de R$ 3.271.097, 47, entregues diretamente nos Distritos Sanitários Indígenas Xavante, Karajá, Kayapó e Xingu. Os valores foram estimados com base em notas fiscais apresentadas no ato da entrega dos produtos nos DSEIS indígenas e em estimativas baseadas nas notas fiscais entregues, para os DSEIs onde não se encontram disponíveis as notas fiscais.
V. DOAÇÕES EM SERVIÇOS
Nossa Campanha recebeu em, conforme valores declarados pelas empresas doadoras, o total de R$ 54.500,00 em serviços de comunicação. Esta relação, discriminada na tabela abaixo, não inclui a contribuição generosa e voluntária das 102 pessoas – artistas, intelectuais, políticos e ambientalistas que gravaram vídeos ou fizeram lives para promover as ações e atividades da Campanha.
VI. RELAÇÃO GLOBAL DAS DOAÇÕES ENTREGUES AO POVO XAVANTE E AOS DEMAIS POVOS INDÍGENAS DO ESTADO DE MATO GROSSO, VIA DSEIS XAVANTE, KARAJÁ, KAYAPÓ E XINGU.
Nesses 90 dias, a Campanha SOS Xavante fez a entrega (ou encontra-se em processo de entrega) de: 1) Saúde: a) 55 Concentradores de Oxigênio; b) 20.120 máscaras diversa; c) 228.260 frascos de álcool em gel; d) 11.265 testes rápidos; e) 500 aventais; f) 752 catéter nasal; além de uma relação diversa de medicinas, equipamentos e produtos médico-hospitalares, conforme discriminado na tabela abaixo; 2) Segurança Alimentar: a) 2.895 cestas básicas e 70 kits para as famílias enlutadas pela Covid-19, cada qual composta por 6 cestas e produtos de higiene, totalizando um quantitativo adicional de 420 cestas básicas. Somando os dois quantitativos, a Campanha mobilizou 3.315 cestas básicas, captou e entregou 275.849 itens, incluído Saúde, Segurança e diversos, conforme discriminado na tabela que se segue.
VII. BALANÇO
A Campanha SOS Xavante, realizada pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte – FETEC-CUT Centro Norte, pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso – FEPOIMT e pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena Xavante, teve uma duração de 90 dias (24 de junho de 2020 a 23 de setembro de 2020), superou sua meta inicial de R$ 250.000,00 em 1.671,25%, captando, em recursos financeiros, bens e serviços, o valor estimado de R$ 4.178.225,45.
Os valores captados, em bens produtos ou serviços encontram-se especificados na integra ao longo desta Prestação de Contas. Os números e quantitativos apresentados não registram os valores estimados em doações de gravações dos 102 vídeos por artistas, intelectuais, políticos e ambientalistas, bem como da participação das pessoas da sociedade e lideranças indígenas em mais de 50 lives voltadas para o universo da Campanha Xavante.
O presente Relatório foi elaborado, voluntariamente, pela técnica voluntária Janaina Faustino, tendo sido encaminhado nesta data de 23 de setembro de 2020 à coordenação da Campanha A´uwe Tsari – SOS Xavante para revisão, avaliação e validação em tempo oportuno. Este Relatório provisório encontra-se disponibilizado, também nesta data, na página da Vaquinha da Internet http://captar.info/campanha/sosxavante/ e no grupo de Whatsapp SOS Xavante.
Em 23 de setembro de 2020
Janaina Fernandes Faustino
61 9 9611-6826
CAMPANHA CIDADÃ E SOLIDÁRIA EM APOIO ÀS AÇÕES EMERGENCIAIS DE ENFRENTAMENTO DA COVID-19 ENTRE O POVO XAVANTE
O objetivo desta campanha é captar R$ 250 mil reais para que uma Unidade Avançada de Saúde possa ser instalada próxima às aldeias Xavante, onde duas vidas são perdidas a cada dia para a Covi-19
Parte dos recursos serão utilizados em ações de prevenção do contágio e de segurança alimentar, para que as famílias possam manter o distanciamento social sem precisar sair de suas comunidades.
Por favor, vá até o final desta matéria para escolher o valor de sua doação e saber de qual forma, como agradecimento e recompensa, os Xavante reconhecerão sua generosa contribuição.
A Campanha S.O.S. Xavante representa uma ação cidadã e solidária coordenada Fetec-CUT/Centro Norte, em parceria com a Federação dos Povos Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt), o Condise (Conselhos Distritais de Saúde Indígena) ligado ao Distrito Especial Sanitário Xavante, em resposta à situação emergencial causada pela covid-19 entre o povo Xavante.
O nome A´uwe Itsari, que se traduz por “ajude o povo Xavante“, ou simplesmente S.O.S. XAVANTE, sugerido pelas próprias lideranças indígenas, junta as palavras a´uwe (gente, povo) e itsari, que para os Xavante significa o vínculo com suas raízes, a busca por uma vida feliz e saudável, a cura pela natureza, a própria cosmogonia herdada de seus ancestrais nos jardins das plantas tortas, no bioma Cerrado, na região Centro Oeste do Brasil.
O principal objetivo da campanha é mobilizar a categoria bancária, a sociedade brasileira e a comunidade internacional para prestar ajuda emergencial ao povo Xavante, durante a pandemia. Com cerca de 22 mil indígenas em situação de vulnerabilidade nas aldeias, localizadas no Mato Grosso, na região da Amazônia Legal e do Cerrado brasileiro, os Xavante encontram-se com vários casos já diagnosticados e mortes documentadas.
Esta campanha se constrói em parceria com e conta com o apoio dos sindicatos associados à Fetec-CUT/Centro Norte, de entidades do terceiro setor com longa e larga história de atuação nas áreas críticas afetadas pela pandemia, incluindo, mas não limitando-se a Operação Amazônia Nativa (Opan), The Nature Conservancy Brasil (TNC-Brasil) e Revista Xapuri (lista em construção).
Por seu caráter emergencial, a Campanha terá uma duração de 60 dias, a contar da data de seu lançamento. Os recursos captados serão repassados ao final de cada quinzena, conforme o pactuado entre as entidades parceiras, com prestação pública de contas mediante a emissão de relatórios financeiros quinzenais.
A COVID-19 E O POVO XAVANTE
Um retalório técnico sobre a situação da covid entre os Xavante foi divulgado pela Opan resume a situção da Covid-19 entre o povo Xavante: No dia 11 de maio, morreu uma criança Xavante, da Terra Indígena Marãiwatsédé, localizada no município de Alto Boa Vista (MT). O bebê de apenas oito meses foi a vítima mais nova do coronavírus no estado e o primeiro óbito entre indígenas em Mato Grosso, de acordo com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.
Segundo o relatório, uma sucessão de fatores combinados agrava a exposição do povo Xavante ao novo coronavírus, como a precária estrutura básica de atendimento à saúde, aspectos de sua organização sociocultural, seu perfil epidemiológico e as pressões no entorno de seus territórios. De acordo com dados do Distrito Sanitário de Saúde Indígena (DSEI) Xavante, apenas 8,5% das aldeias contam com uma Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI). Isso significa que, em boa parte do tempo, cerca de 91,5% dos indígenas ficam descobertos de medidas de vigilância à saúde, o que prejudica a detecção precoce dos casos suspeitos do novo coronavírus.
Cada pólo base de saúde indígena que atende os Xavante é responsável por 3.572 pessoas, o que representa a maior relação entre os distritos do estado. No DSEI Xingu, que ocupa a segunda posição neste ranking, cada pólo atende a 2 mil indivíduos. Com relação à disponibilidade de Casas de Apoio à Saúde Indígena (Casai), a situação é ainda mais dramática: são 10.716 indígenas para cada uma delas no DSEI Xavante, quase cinco vezes mais que o segundo colocado, o DSEI Cuiabá, com 2.167 pessoas por Casai.
Além de uma alta proporção de indígenas que apresentam comorbidades para Covid-19, como diabetes e hipertensão, a fragilidade do povo Xavante torna-se maior devido ao modo como se organizam as aldeias, com casas muito próximas umas das outras, somada à quantidade elevada de pessoas por habitação, o que pode facilitar a propagação do coronavírus.
Os funerais tradicionais também são, conforme aponta o estudo, um aspecto sensível da cultura Xavante no contexto de pandemia, que deve ser levado em consideração na construção de estratégias de conscientização e prevenção ao coronavírus.
De acordo com dados do Comitê Nacional Pela Vida e Memória Indígena, formado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), já foram contabilizados 2.523 casos de infecção e 240 mortes entre indígenas, e 93 povos já foram atingidos pela doença até o dia 07 de junho. Oficialmente, a Sesai considera 1965 casos confirmados e 79 óbitos até 06 de junho.
DAS METAS E DA MOBILIZAÇÃO
Embora não exista uma meta financeira fixa, a Fetec-CUT/Centro Norte trabalha com o horizonte financeiro proposto pela FEPOIMT e o Condise (Conselhos Distritais de Saúde Indígena) ligado ao Distrito Especial Sanitário Xavante e pelas entidades parceiras, da ordem de R$ 250.000,00.
A direção da Fetec-CUT/Centro Norte, com o apoio operacinal do Sindicato dos Bancários de Brasília, mobilizará sua base social e seus parceiros e parceiras institucionais para, somando esforços com a FEPOIMT e com as demais entidades parceiras, contribuir, da melhor forma possível, com as prioridades estabelecidas de comum acordo com a FEPOIMT e o Condise.
Essa mobilização se dará por meio da articulação de lideranças, da estruturação de um sistema de doação por meio de vaquinha, aberto a comunidade bancácaria e às pessoas e entidades amigas do povo Xavante, e de ampla campanha de sensibilização de artistas, dirigentes sindicais, parlamentares, lideranças indígenas, e de toda a sociedade brasileira para que cada qual possa, da maneira que for possível, fortalecer o esforço coletivo.
A direção da FETEC/Centro Norte, com o apoio operacinal do Sindicato dos Bancários de Brasília, mobilizará sua base social e seus parceiros e parceiras institucionais para contribuir, da melhor forma possível, com as prioridades estabelecidas de comum acordo com a FEPOIMT e o Condise (Conselhos Distritais de Saúde Indígena) ligado ao Distrito Especial Sanitário Xavante e as entidades parceiras da Campanha S.O.S. Xavante.
Essa mobilização se dará por meio da articulação de lideranças, da estruturação de um sistema de doação interno para a comunidade bancária, e de ampla campanha de sensibilização da sociedade em geral. A coordenação buscará também mobilizar o apoio de artistas, dirigentes sindicais, parlamentares, lideranças indígenas e amigos dos Xavante que possam, cada qual da maneira que for possível, fortalecer o esforço coletivo.
DOS RECURSOS E DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Serão captadas doações financeiras por meio desta vaquinha, hospedada gratuitamente, portanto sem a cobrança de taxas operacionais, na plataforma www.captar.info, e doações em espécie, conforme lista disponível. Serão estimados valores financeiros para todas as doações em espécie, conforme comprovação por nota fiscal de compra, ou segundo os valores de mercado. Os recursos serão todos, sem exceção, depositados em conta específica designada pela Fetec-CUT/Centro Norte.
Os recursos captados serão distribuídos da seguinte forma: a) 60% para ações diretas entre o povo Xavante, priorizando a instalação do atendimento médico emergencial (unidade de isolamento avançada e testes rápidos); e, b) 40% para ações emergenciais de segurança alimentar e prevenção do contágio (cestas-básicas, máscaras, kit de higiene) conforme as prioridades locais, identificadas e pactuadas entre a Fetec-CUT/Centro Norte e a FEPOIMT.
Em um primeiro momento, a Campanha trabalhará com os 3 Sindicatos de Bancários associados à Fetec no estado de Mato Grosso e com o Sindicato dos Bancários de Brasília. As prioridades de alocação dos recursos serão definidas pela FEPOIMT, em acordo direto com as direções destes quatro Sindicatos.
Havendo disponibilidade de recursos, Campanha atenderá também, via sindicatos associados, às demandas locais das demais populações indígenas da região, conforme indicação da Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt). Em nenhum momento serão repassados recursos financeiros às lideranças e/ou suas instituições. Todas as demandas, encaminhadas via FEPOIMT, serão processadas pelos Sindicatos, que farão as compras e entregarão os produtos solicitados nas aldeias, de acordo com a disponibilidade de recursos.
O POVO XAVANTE
Autodenominados A´uwe (gente), os Xavante são um povo indígena originário do estado de Mato Grosso, na Amazônia Legal Brasileira.
O contato com a sociedade nacional se deu na década de 1940, durante a “Marcha para o Oeste“ do Estado Novo de Getúlio Vargas. Em 1946, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) conseguiu “pacificar“ um grupo Xavante da região leste de Mato Grosso. Na versão Xavante, quem foram “pacificados“ foram os brancos.
Da década de 1940 até os anos 1960, grupos Xavante específicos estabeleceram relações pacíficas distintas com representantes da sociedade envolvente, incluindo equipes do SPI, e com missionários católicos e protestantes, o que afetou, de forma diversa e com impactos diferenciados, as crenças, cerimonias, práticas religiosas e institucionais do povo Xavante.
Entretanto, por sua pujança, a Cultura Xavante conseguiu resistir a esses 80 anos de contato e continua a se manifestar com extrema vitalidade, sendo retransmitida de geração em geração através da língua e dos mecanismos sociais que logrou preservar.
Os Xavante mantém sua língua, seus padrões de organização social, suas práticas cerimoniais e sua cosmologia. Suas comunidades, contudo, são politicamente autônomas, porém se une para atingir objetivos comuns. Os A’uwe contemporâneos incorporaram a designação Xavante e é por meio dela que se referem a si próprios no trato com os waradzu (brancos).
A partir da década de 1980, as TIs Xavante vêm sendo cercadas pela agropecuária extensiva para a crescente produção de grãos, em especial para a soja de exportação. A dinâmica econômica envolvente fragilizou as condições de vida, historicamente sustentáveis, do povo Xavante. Não tendo mais onde caçar nem pescar com abundância, a população Xavante depende hoje das políticas assistenciais do Estado brasileiro para a sua sobrevivência.
Em tempos de pandemia, os Xavante dependem de nossa solidariedade para complementar as ações institucionais do governo brasileiro para evitar o contágio e salvar vidas.
ONDE VIVE O POVO XAVANTE
Os 22 mil Xavante estão distribuídos nas Terras Indígenas (TI) descontínuas – Areões, Marãiwatsede, Marechal Rondon, Parabubure, Pimentel Barbosa, Sangradouro-Volta Grande e São Marcos. As terras Chão Preto e Ubawawe são contíguas às terras já demarcadas, Parabubure e São Marcos.
No total, segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), os Xavante vivem em 9 terras indígenas e em mais de 300 aldeias, sendo os Xavante a nona maior população indígena do Brasil (IBGE, 2010). Apesar de todas as modificações provocadas pelo contato, em suas diversas aldeias, o povo Xavante se comunica exclusivamente em sua língua e realiza as suas principais atividades culturais e cerimoniais, como uiwede (corrida de tora), oi’ó (luta dos meninos), danhõno (rito de iniciação dos adolescentes) e wai’á (rito de iniciação espiritual dos homens).
Os municípios onde estão localizadas as TI são: Água Boa, Alto Boa Vista, Barra do Garças, Bom Jesus do Araguaia, Campinápolis, Canarana, General Carneiro, Nova Nazaré, Nova Xavantina, Novo São Joaquim, Paranatinga, Poxoréo, Ribeirão Cascalheira, Santo Antônio do Leste e São Félix do Araguaia.Adicionalmente foram incluídos três municípios que fazem divisa com municípios de TI Xavante (Chapada dos Guimarães, Pontal do Araguaia e Primavera do Leste) e a capital do estado, Cuiabá.